quarta-feira, 13 de junho de 2012

Existe um “Mal” que tem se tornado cada vez mais comum em nossos dias, ao qual podemos chamar de “MAL DE ASAFE”. A Asafe, ou a alguém de sua família, é atribuída a autoria do Salmo 73, o qual relata uma profunda crise vivenciada pelo salmista, que quase o levou a se desviar (Sl 73.2). Ele manifestou inveja (v.3) e chegou a considerar a possibilidade de que o seu esforço em manter a integridade era inútil (v.13). I - O PROBLEMA DE ASAFE TEVE INÍCIO QUANDO COMEÇOU A DESENVOLVER UM PADRÃO ERRADO DE AVALIAÇÃO DE SUA VIDA. O salmista passou olhar para os ímpios e a COMPARAR A SUA VIDA COM A DELES, ao invés de enxergar a situação da perspectiva divina. O texto afirma: “Pois tive inveja dos arrogantes quando vi a prosperidade desses ímpios” (v.3). II - ELE COMEÇOU A VERIFICAR QUE OS ÍMPIOS VIVIAM DESFRUTANDO DOS PRAZERES DO PECADO E AINDA ASSIM APARENTAVAM PROSPERAR EM SUAS VIDAS (VV.4-12). SUA CONCLUSÃO INICIAL: FOI A DE QUE A OBEDIÊNCIA A DEUS NÃO VALIA A PENA (V.13), pois tinha que pagar um alto preço para isso (v.14). Por trás de sua reação de inveja e desânimo, podemos observar um desejo que a alimentava. O salmista desejava ter uma vida próspera como a dos ímpios. Por isso o texto afirma que TEVE INVEJA DOS APARENTES BENEFÍCIOS QUE ELES DESFRUTAVAM (V.3). Este desejo o levou à conclusão prévia de que a vida que os injustos levavam valia mais a pena do que a busca pela piedade. Asafe parece não querer mais sofrer e se afadigar por causa de seu empenho pela pureza (vv.13, 14). POR TRÁS DESTES DESEJOS EXISTEM CONCEITOS EQUIVOCADOS: 1-) O salmista demonstra crer que os benefícios transitórios que os ímpios desfrutavam eram mais valiosos do que uma vida de pureza e obediência ao Senhor. 2-) Ele se esquece que Deus usa os sofrimentos e dificuldades da vida para moldar o caráter de Seus servos. 3-) Além disso, demonstra não crer na justiça de Deus. Asafe desconsidera o fato de que os ímpios deverão prestar contas de suas ações diante do Senhor. Tudo isso é conseqüência do fato de que houve uma avaliação das circunstâncias à parte da perspectiva divina. O padrão de Asafe foi a comparação de sua vida com a dos incrédulos. III- UMA FORMA DE AJUDAR PESSOAS COM O “MAL DE ASAFE” é confrontá-las biblicamente, mostrando a necessidade de arrependimento e confissão. Além disso, é preciso mostrar o padrão equivocado pelo qual estão avaliando sua vida, e indicar o padrão correto das Escrituras. IV- A SOLUÇÃO PARA O MAL DE ASAFE É APRESENTADA NO PRÓPRIO SALMO 73. O salmista mudou sua perspectiva. Seu critério de avaliação deixou de ser a comparação com os ímpios. Ele deixou de olhar para os injustos e começou a olhar para Deus (v.17). Foi considerando a justiça de Deus que o salmista percebeu que os ímpios não permanecerão sem a justa retribuição. Ao deixar de considerar o momento e as circunstâncias e olhar para o todo, notou que Deus não deixará de retribuir a cada um de acordo com suas obras. Um exemplo bíblico de como lidar com as dificuldades sem cair no “Mal de Asafe” é a vida do apóstolo Paulo. Sem dúvida, ele também passou por momentos difíceis. Teve experiências das mais diversas. Experimentou a humilhação e a fome (Fp 4.11, 12), trabalhos, prisões, açoites, perigos de morte, apedrejamento, naufrágios, vigílias, frio, nudez e muitos outros perigos e dificuldades (2 Co 11.23-28). Apesar disso, Paulo aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação (Fp 4.11). A razão básica pela qual Paulo não teve uma reação semelhante à de Asafe, apesar das dificuldades ainda maiores que enfrentou, é que Paulo não comparou sua vida com as dos incrédulos. Os olhos do apóstolo estavam em Cristo. Ele aprendeu a deixar todas as demais coisas de lado e a fixar sua atenção no alvo, buscando o “prêmio da soberana vocação em Cristo” (Fp 3.12-16). Seus pensamentos estavam focados em Jesus e nas coisas celestiais (Cl 3.1-4). Ele havia aprendido que sua vida era para Cristo, e também tinha uma perspectiva da recompensa eterna, pois sabia que morrer era lucro (Fp 1.21). Uma vida sendo vivida desta forma faz toda a diferença, pois dá ao cristão uma perspectiva correta de auto-avaliação. Asafe quase caiu porque colocou sua atenção sobre os benefícios que este mundo pode oferecer, ao comparar sua luta pela santidade com a boa vida dos ímpios. Paulo, contudo, colocou seus olhos em Cristo e na retribuição eterna, tornando-se, portanto, capaz de lidar com os sofrimentos do presente. Queridos, infelizmente o Mal de Parkinson ainda não tem cura. Mas o “Mal de Asafe” tem. Em meio às dificuldades, fixe os seus olhos em Deus e avalie a sua vida da perspectiva divina!

terça-feira, 12 de junho de 2012

A SÍNDROME DE NAAMÃ. Introdução: Você já deve ter escutado muitas vezes falar em síndrome. Síndrome de Down, de Asperger, de Estocolmo, de Marfan, de Parkinson, de Peter Pan, de Tourette, entre outras. Mas você sabe o que é uma síndrome? SÍNDROME:é um conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma doença ou condição de saúde, ou seja, as características que definem um tipo de doença e a diferenciam de outras. O que seria então essa tal Síndrome de Naamã? Na Bíblia Sagrada ficamos sabendo quem era Naamã: “Naamã, capitão do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu Senhor, e de muito respeito; porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios; e era este homem herói valoroso, porém leproso” (2 Reis 5.1). Até aqui a única enfermidade em Naamã que a Bíblia nos registra é a lepra: “herói valoroso, porém leproso”. “Porém, Naamã muito se indignou (indignação), e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo (solilóquio – o hábito de falar sozinho): Certamente ele sairá, por-se-á em pé, invocará o nome do Senhor seu Deus, e passará a sua mão sobre o lugar, e restaurará o leproso (frustração)” (2 Reis 5.11). 1- Só queria ser atendido pelo profeta “Então Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado” (2 Reis 5:10). Naamã queria Eliseu e não um “simples” servo falando com ele. Naamã queria um toque de mãos proféticas. Algo mais escandalosamente religioso. Naamã não queria banhar-se num rio qualquer. Eis a Síndrome diagnosticada. É ela, a tal Síndrome de Naamã. 2- O que provocou os sintomas desta síndrome? 2.1 A arrogância, a falta de humildade. Imagine, um mensageiro causar um alvoroço tão grande na vida de um homem. Naamã já tinha chegado tão longe. Veio de tão longe. Ouviu tanta gente, para chegar exatamente ali e dar um “show” desses?! 3- Não subestime o poder dessa síndrome. Ela é terrível. 3.1 Essa doença atinge todos os níveis de relacionamento Ela atinge patrão / empregado Pais e filhos Marido e mulher e por aí vai 3.2 E você dá ouvidos aos seus empregados, ao seu marido a sua mulher? Ela diz todos os dias para você: - Só aquela igreja é boa! - Só aquele pastor é bom! - Se não for com ele eu não quero. - Se for outro não serve. - Tem que ser desse jeito e não de outro. É sempre assim, uma doença terrível, uma praga quase incurável: é ela a Síndrome de Naamã.. 4- Dê ouvidos a voz de Deus hoje: Somente assim o tratamento correto poderá ser iniciado. Naamã só ficou curado quando deu ouvidos a voz de Deus: “Então desceu, e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e a sua carne tornou-se como a carne de um menino, e ficou purificado. (2 Reis 5:14). 4.1 A vontade de Deus se manifestou como voz audível na vida de uma menina 4.2 Na vida dos servos que o acompanharam até Eliseu “Então se chegaram a ele os seus servos, e lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissesse alguma grande coisa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado” (2 Reis 5:13). 4.3 Na vida de um simples servo que lhe transmitiu as palavras do profeta Eliseu. 4.4. E Lembre-se! Ela pode não vir do jeito ou mesmo na forma e quem sabe, não virá através da pessoa que você espera. Ex: Maria e José estavam a procura do menico Jesus, e no auge dos seus 12 anos, “aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os” (Lucas 2:46). Se Maria e José decidissem não ouvir seu filho, certamente eles sairiam perdendo e muito. Não seja você mais um a sofrer por causa dessa síndrome. Que coisa boa é poder reconhecer que aqueles que trabalham conosco são gente como a gente. Gente não é capacho e nem tapete para gente pisar em cima. Gente é gente! E tem gente que perdeu a dimensão disto. Trata seus servos, empregados ou mesmo funcionários como se fosse um bicho. Isso é uma síndrome terrível. Às vezes fico pensando se tem cura. OLHE BEM AO REDOR e veja quantos trabalham para você ou mesmo trabalham com você e que por você são ignorados. Quem sabe você já perdeu uma grande benção de Deus, porque deixou de ouvir alguém que você julgou como sendo insignificante aos seus olhos. “...se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz” (Mateus 6:22). NO CAMINHO DA CURA DA LEPRA, Naamã deu ouvidos à sua mulher: “...E disse esta à sua senhora: Antes o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra” (2 Reis 5:2-3). Naamã dá créditos à menina, porque antes disso deu crédito a sua mulher. Lares inteiros são destruídos hoje porque maridos não param para ouvir suas mulheres. Lembre-se: “Toda mulher sábia edifica a sua casa...” (Provérbios 14:1). Graças a Deus Naamã deu ouvidos aos seus servos. A boa palavra de Deus pode vir de lugares ou de pessoas que você não espera. Creia nisso! Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações (Hebreus 4:7). Deus tem falado muitas vezes, e de muitas maneiras (Hebreus 1:1). Pr Joel